O Conselho Deliberativo do Inter irá votar na próxima segunda-feira se aprova ou não um reajuste de, em média, 25,43% do valor das mensalidades pagas pelos associados. Se aprovada, a reposição compensará as perdas inflacionárias dos últimos dez anos e impactará diretamente a saúde financeira do clube. Afinal, a gestão estima que a medida representará um aumento de cerca de R$ 2,1 milhões por mês – ou R$ 25,2 milhões por ano – nas receitas oriundas dos sócios.
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O percentual de reajuste é resultado de um estudo feito por uma empresa contratada pelo clube para buscar o aumento das receitas em todas as áreas. A Bain & Company, após análise do quadro social colorado, concluiu que a reposição não ocasionará evasão significativa de associados. A empresa já auxiliou o clube em outras negociações, como na busca por um novo patrocinador máster para a camiseta, anunciado na semana passada, que pagará um valor recorde ao clube.
Outro fator a ser considerado é que, apesar de ter um quadro social elevado, as receitas oriundas dos associados estão perdendo importância no cenário das receitas do clube, exatamente devido às perdas inflacionárias. Atualmente, segundo estimativas da gestão, o Inter é o grande clube da primeira divisão com as menores mensalidades do Brasil.
O último aumento das mensalidades coloradas ocorreu em janeiro de 2023. O anterior foi em 2018. O problema é que o reajuste, de acordo com o estatuto do clube, deve obrigatoriamente ser aprovado pelo Conselho Deliberativo (CD).
Existe um projeto em discussão para a revisão do Estatuto do clube, permitindo à gestão calcular e executar os reajustes sem a necessidade de aprovação do CD, mas o tema não evoluiu nos últimos anos.